domingo, 24 de maio de 2009

O caso

O sentido de tudo não se sabe, eu não sei, aliás, para ser mais ousada, ainda não sei. Mas suponho. Tem coisas que acontecem e não podem ser por acaso. Eu sempre senti que era assim, mas nunca tive tanta certeza como tenho agora. E penso, penso e repenso porque quero saber qual é o mistério, a explicação, o sentido. Tipo, se por muito pouco algo não aconteceu, mas o momento foi sugestivo a ponto de se sentir todas as experiências e sentimentos, dentro de um silêncio absoluto de pensamentos que percorrem em instantes toda sua vida, mesmo com o não acontecimento, do que não veio a ser fato por um mísero triz, um pequeno triz, um segundo, menos que isso, muito menos do que isso, o que significa?
Logo após vem o alivio e o pensamento de que nada acontece por acaso. Mas depois vou além: Porque passei por isso? Obviamente para aprender uma lição. E daí vem a pergunta: De quem vem essa lição? Quem fez isso acontecer? Se fosse apenas eu consciente o pior teria acontecido, pois estive exposto ao tal acaso, mas escapei. E por que escapei? Por alguns instantes volto a pensar em Deus para a explicação de tal fato, mas penso ainda assim: Como? Não duvido de seu poder, queria apenas desvendar seus mecanismos, mas como? Como um Deus onipresente, como um Deus só, pode saber de tudo e de todos? Anjos, quais seriam suas hierarquia?
Fico tentando imaginar como seria se por acaso isso fosse comprovado, porque se fosse teria que estar de acordo com o mundo (ou bem ao contrário do mundo), dentro do nosso padrão de compreensão, que se encaixe, e que tenha nexo com todo o resto, algo em que todos possamos ver, compreender e que não tenhamos mais dúvidas. Nossa! Teria que ser muito moderno, acompanhamento individual em tempo integral, seriam guias celestiais que ficariam responsáveis de no máximo cinco pessoas e o guia teria a função de manter os objetivos a serem alcançados nas vidas de cada uma delas, vivos inconscientemente ou por meio de sinais e acontecimentos que as levariam a mudar de opinião sobre algumas coisas, inclusive valores importantes para seu crescimento, aos acontecimentos que ela mesmo se propôs ao vir para cá, lugar de aprender, onde se vem em busca de evolução, de se libertar de preconceitos, de sentimentos, para corrigir o caráter, para objetivos nunca antes pensados em outras vidas, pois acho justo as lembranças serem apagadas e termos corpos frágeis, é para parecer o mais real possível. É uma super escola universal, é real, é valendo, como se fosse uma, na real é somente uma vida, pois se nasce, vive e morre. Para quê? E esse guia seria alguém evoluído que vive implícito por ai e também é acompanhado, por outro em um nível superior, e eu por aqui fico sem noção do resto, de quem estaria no topo, mas não vejo isso sem um tipo de tecnologia, ou força, ou no mínimo, muitas e muitas pessoas organizando toda essa vigília.
Podemos sentir as coisas, somos altamente dotados de diferentes sentidos, sentimentos e sempre tendendo para algum lado, ou construindo seu próprio caminho, mas sempre em conflito com alguma coisa , sempre com alguma história na vida, sempre em busca de algo, sempre sendo testado, sempreem busca de algum objetivo, que obviamente não é a morte, pois cairia por terra toda essa filosofia, e assim, nos levando também a ser o espelho dos outros, colegas de outros, interagindo com os outros, assim como já é a nossa vida. Eu tenho medo da morte porque sei que vou ter meu resultado depois dela, se fui bem, se consegui ou não atingir meus objetivos, tenho certeza que vou ter meu feed back baseado em imagens gravadas na minha memória, dos momentos, das minhas decisões, da minha posição diante da vida, de como estou tratando as mobílias da escola - o planeta Terra, como sou para com meu irmão. Será que desempenhei bem as tarefas que me propus antes de vir? Depois tudo acaba, e volto eu a ser o imortal feliz - ou não - com sua aventura, e que, talvez, volte e consiga alcançar seus objetivos.
Nós somos muitas vezes os mesmos, e nossa evolução depende da evolução de outro, não fomos feitos omissos, temos que ajudar o outro a crescer para poder crescermos também. E para o crescimento existem vários caminhos, mas um depende do outro, tanto para aprender como para ensinar. Parece um quebra cabeças, eu tenho certeza que todas as peças sempre estiveram e estão bem na nossa frente.
Uma, não existe acaso.

(Revisão by Fabiula Zimmer)