Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.
Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas.
Maiakovski – 1927
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Por Amor ( Linda essa letra, beleza pura. Coisa fina! )
Eu conheço tua estrada cada passo que darás
Teus desejos calados, teus vazios, pedras que afastarás
Sem jamais pensar que eu como uma rocha volto sempre pra você
Eu conheço a tua respiração tudo o que você não quer
Você sabe bem que o que você está vivendo
Não é vida, mas não quer reconhecer
Só se o céu, este céu, em chamas desabasse sobre mim
Como um cenário caindo sobre um ator...
Por amor você já fez alguma coisa
Apenas por amor? Já desafiou o vento e gritou?
Já dividiu o próprio coração? Já pagou e apostou várias vezes nessa mania
Que afinal segue sendo só minha
Por amor, você já correu até ficar sem fôlego?
Por amor, já se perdeu e se reencontrou?
E tem de me dizer agora quanto de você colocou nesta estória
O quanto acreditou nessa mentira
Só se um rio se levantasse dentro de mim como uma enchente
Como o nanquim da pena de um pintor
Por amor, você já esgotou sua razão?
Teu orgulho até o pranto?
Você sabe, esta noite eu fico mesmo sem nenhum pretexto
Apenas essa mania que ainda é forte e minha
Dentro desta alma que você dilacera
E eu te digo agora, com sinceridade
Quanto me custa não saber, que és meu
É como se esse mar todo
se afogasse em mim.
Mariella Nava
Teus desejos calados, teus vazios, pedras que afastarás
Sem jamais pensar que eu como uma rocha volto sempre pra você
Eu conheço a tua respiração tudo o que você não quer
Você sabe bem que o que você está vivendo
Não é vida, mas não quer reconhecer
Só se o céu, este céu, em chamas desabasse sobre mim
Como um cenário caindo sobre um ator...
Por amor você já fez alguma coisa
Apenas por amor? Já desafiou o vento e gritou?
Já dividiu o próprio coração? Já pagou e apostou várias vezes nessa mania
Que afinal segue sendo só minha
Por amor, você já correu até ficar sem fôlego?
Por amor, já se perdeu e se reencontrou?
E tem de me dizer agora quanto de você colocou nesta estória
O quanto acreditou nessa mentira
Só se um rio se levantasse dentro de mim como uma enchente
Como o nanquim da pena de um pintor
Por amor, você já esgotou sua razão?
Teu orgulho até o pranto?
Você sabe, esta noite eu fico mesmo sem nenhum pretexto
Apenas essa mania que ainda é forte e minha
Dentro desta alma que você dilacera
E eu te digo agora, com sinceridade
Quanto me custa não saber, que és meu
É como se esse mar todo
se afogasse em mim.
Mariella Nava
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