domingo, 13 de fevereiro de 2011

Faz Domingo, Reflito.

Qual a semelhança entre uma escrivaninha e um corvo? Eu não faço a menor idéia! Responde o Chapeleiro à Alice. Esse diálogo ficou na minha cabeça assim como a parte que o Chapeleiro diz: "Alice por quê as vezes você é tão grande e as vezes tão pequena?" ou "Você perdeu sua muiteza, você não mata!"
Bom loucura ou não eu penso que as perguntas não precisam necessariamente de respostas para existirem. As vezes sou grande e as vezes sou pequena, poucas vezes fui do tamanho ideal, isso depende muito de quem vê.
Quando se é pacífico demais perde-se a essência de bixo e passa pelo mundo animal como indefeso, frágil, presa fácil aos instintos mais assassinos. Perde-se a muiteza perde-se a conexão com a identidade, devo manter em mim a dose certa de maldade. Minha muiteza está no fato de viver num mundo de feras e exercer o direito de ser fera também,lutar pela sobrevivência que será imortalizada pela minha história, pelo produto de minhas escolhas: A morte para alguns. Mas ainda que signifique isso, sou então capaz também de matar. Eu mato eu morro eu renasço.

Nada a ver mas segue um "texticulo" do Nietzsche que ele que sabe das coisas, deliciem-se!

Examinai a vida dos homens e dos povos melhores e mais fecundos, e perguntai se uma árvore que deve elevar-se altivamente nos ares pode dispensar o mau tempo e as tempestades; se a hostilidade do exterior, as resistências exteriores, todas as espécies de ódio de inveja, de teimosia, de desconfiança, de dureza, de avidez e de violência não fazem parte das circunstâncias favoráveis sem as quais nada, nem sequer a virtude, poderia crescer grandemente? O veneno que mata as naturezas fracas é um fortificante para as fortes; ... e por isso não lhe chamam veneno.

Friedrich Nietzsche, in 'A Gaia Ciência'

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