Em terras do "finge que me ama que eu finjo que acredito" penso que as pessoas não devem pensar seriamente sobre si mesmas, pois o que mais importa são as aparências, o próprio paradigma!
sábado, 8 de outubro de 2011
Fuga
É notório que existem pessoas que gostam de ser enganadas e todas pagam um alto preço pra isso, pois não querem ser enganadas por qualquer um. É preciso que saiba enganar direitinho e com classe pois a vaidade humana exige um certo requinte. Não entendo o medo de certas pessoas quanto ao verdadeiro, ao latente, o horror a sangue fervendo, feridas abertas, tempo passando, sentimentos aflorando, decisões, mudanças, tudo acontecendo ao mesmo tempo sem parar... Isso é a vida: um vulcão em erupção, é terremoto, é movimento é transição... Não adianta fingir que nada acontece, se acontece. Não adianta fingir que tudo sempre é igual se as coisas mudam pelo menos umas cinco vezes por dia. Não adianta fingir e nem se aliar com quem te convença pra tentar criar uma realidade mais plausível, a que te foi ensinada: aquele velho paradigma do bom e o mau e a perfeita descrição que trazes de quem deveria te casar e te relacionar. Alguém alguma vez já te disse a quem deves amar? Porque será que somos atraídos pelo diferente então, senhores? Porque diante de uma pessoa 'não aconselhável" vos comportais tal qual à frente de uma irresistível guloseima? (...) E então descobre-se além do rótulo uma imagem bela, capaz de fazer refletir, capaz de atormentar, de sacudir, de abalar as estruturas e faz-se a possibilidade de libertação do ser, o sinal, o momento da decisão. O momento da clareza onde se escolhe se continua com os olhos abertos ou se mergulha de vez na teatralidade da vida....
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário